Arsenal vence Nottingham Forest por 3 a 0 e assume liderança da Premier League

Na tarde de sábado, 13 de setembro de 2025, o Arsenal entrou em campo no Emirates Stadium com uma missão clara: mostrar que não precisa de estrelas isoladas para dominar. E fez mais do que isso. Derrotou o Nottingham Forest por 3 a 0, em uma exibição de controle, profundidade e eficiência que colocou os gunners no topo da Premier League — e deixou o adversário sem reação. O jogo, válido pela 4ª rodada da temporada 2025/2026, começou às 12h30 (BST) e terminou com o apito final de Darren England, que, segundo comentaristas da NBC Sports, declarou: “Negócios encerrados no Emirates hoje.”

Uma noite de estreia e reafirmação

O grande nome da noite? Martin Zubimendi. O meia basco, grande contratação da offseason, marcou seu primeiro duplo na Premier League — e o primeiro brace de sua carreira no futebol de elite. Foi um gol de cabeça após cruzamento de Ødegaard, e outro de fora da área, com perfeição técnica que fez até os torcedores mais céticos se levantarem. Mas não foi só ele. Martin Ødegaard, apelidado carinhosamente de “Yucker” pelos comentaristas, também anotou dois gols — um nos primeiros minutos da etapa final, logo após um erro grotesco do zagueiro Savona, e outro em contra-ataque implacável. O time não precisou de muita sorte. Precisou de precisão.

Entre os dois gols de Ødegaard, a equipe de Mikel Arteta fez o que melhor sabe fazer: pressionar, cortar passes e transformar erros em gol. Aos 48 segundos do segundo tempo, após o erro de Savona, o bola saiu da defesa, chegou a Zubimendi, que acionou Ødegaard — e o norueguês, com frieza, encheu o ângulo. “Mistakes in those areas are very punishable”, disseram os analistas. E o Arsenal puniu, com estilo.

Nottingham Forest: o peso da história e da transição

O Nottingham Forest entrou em campo com uma nova identidade. Desde o início da temporada, Ange Postecoglou — ex-treinador do Tottenham — assumiu o cargo após a saída de Nuno Espírito Santo. Mas a transição ainda está em fase de adaptação. Sem Ola Aina, lesionado na seleção nigeriana, e com Oleksandr Zinchenko — emprestado ao Forest — impossibilitado de enfrentar seu clube de origem, o time ficou encurtado.

Chris Wood, que vinha em boa fase, quase marcou com um chute no peito que quase passou por Marquinhos. Mas o zagueiro brasileiro, junto com Gabriel, formou uma barreira quase impenetrável. Morgan Gibbs-White, o “playmaker” da equipe, tentou criar, mas foi sufocado por uma linha de meio-campo que parecia ter olhos na nuca. “Forest nunca realmente esteve na partida”, resumiu um comentarista da TNT Sports. E não foi só por falta de qualidade. Foi por falta de confiança. E pela sombra de um passado pesado: desde março de 1989, o Forest não vencia o Arsenal no Emirates. E nesta noite, perdeu pela quarta vez consecutiva lá.

Defesa que vence, e não apenas ataque

O que mais impressionou não foi só o placar. Foi a organização defensiva. Calafiori e Gabriel, como destacado pela NBC, “ficaram de pé e firmes como rochas”. Eles não apenas marcaram — cortaram passes, anteciparam jogadas e até saíram com a bola nos pés, transformando defesa em ataque. William Saliba, que estava em forma física impressionante, fez o que faz melhor: recuperar bolas em situações aparentemente perdidas. “Saliba faz bem para devolver”, disseram os comentaristas. E foi exatamente isso que permitiu ao Arsenal manter o controle por 85 minutos.

Leandro Trossard, apelidado de “Andy” nos comentários, tentou ser o catalisador ofensivo, mas foi anulado por uma marcação rígida. Mesmo assim, o time não se desesperou. Não precisou. Ainda que Zubimendi e Ødegaard tenham sido os heróis, foi a coletividade que venceu. Nenhum jogador foi isolado. Nenhum erro foi perdoado. E o resultado? Três gols. Zero sofridos. E uma liderança clara na tabela.

O que vem a seguir?

O Arsenal agora enfrenta o Chelsea na próxima rodada, em casa, com a confiança de quem sabe que pode jogar bem mesmo sem o seu melhor jogador. Já o Nottingham Forest, que vinha de uma vitória contra o Brighton, agora terá de lidar com a frustração. Postecoglou prometeu “reconstruir a mentalidade”, mas o caminho é longo. E o tempo, curto.

Ao final da partida, Arteta sorriu. Não o sorriso de quem venceu. Mas de quem viu seu time crescer. E isso, talvez, seja o mais importante.