É oficial: a Disney+ passou a oferecer no Brasil um plano padrão com anúncios por R$ 43,90 mensais, ou R$ 368,90 ao ano. O movimento faz parte de um reposicionamento da Disney na América Latina, que tem como objetivo tornar o serviço mais acessível e, ao mesmo tempo, abrir novas portas para a publicidade digital.
Do que se trata o novo plano?
O plano "Standard" permite que os assinantes assistam a todo o catálogo da Disney+, mas precisará aceitar alguns intervalos publicitários ao longo das séries e filmes. Quem preferir a experiência sem interrupções continua com a opção "Premium", que sai por R$ 62,90 por mês (R$ 527,90 ao ano). A diferença de preço representa um incentivo para quem quer economizar, sem abrir mão do conteúdo que inclui os clássicos da Disney, títulos da Marvel, Star Wars, produções da Star+ e até transmissões ao vivo da ESPN.
Essa oferta é a continuação de um teste que começou em cinco países latino-americanos – Argentina, Chile, Colômbia, México e Brasil – e reflete uma tendência global: serviços de streaming estão criando camadas com anúncios para atender ao público que não aceita pagar muito por um plano livre de comerciais.
Como a Disney chegou até aqui?
Em junho de 2024, as plataformas Disney+ e Star+ foram fundidas em um único aplicativo na região, simplificando a vida dos assinantes e ampliando o catálogo de cerca de 8.500 para mais de 18.000 horas de conteúdo. Essa união trouxe, além dos filmes e séries familiares, a programação geral da Star+ e a transmissão de esportes pela ESPN, tudo em um único lugar.
A estratégia de combinar conteúdo vasto com opções tarifárias flexíveis tem um objetivo claro: impedir que usuários saiam da plataforma devido a aumentos de preço. O modelo com anúncios também cria uma nova fonte de receita, algo essencial para alcançar a lucratividade em um mercado competitivo.
Para tornar o ecossistema de anúncios ainda mais robusto, a Disney firmou parcerias estratégicas. Uma das mais relevantes é com o Mercado Libre, a maior plataforma de comércio eletrônico da América Latina. O acordo permite que anunciantes alcancem usuários dentro do amplo universo do Mercado Libre, usando dados de primeira‑parte para direcionar campanhas de forma mais precisa.
Além disso, a Disney trouxe tecnologias avançadas para a região: formatos interativos e compráveis, desenvolvidos em conjunto com a BrightLine e a Kerv Interactive; o Clean Room, que protege a privacidade ao combinar dados de diferentes fontes; o Audience Graph, que mapeia perfis de audiência em tempo real; e a Real Time Ad Exchange, que facilita a compra e venda de anúncios de forma automatizada.
Essas ferramentas já eram utilizadas nos Estados Unidos e agora dão à Disney um diferencial competitivo na América Latina, onde a monetização por publicidade ainda está em fase de crescimento.
O cenário regional também tem exemplos de sucesso. Quando a Netflix introduziu, em novembro de 2022, sua camada "Basic with Ads" no México e no Brasil, a base de assinantes daquele país subiu consideravelmente. Esse movimento mostrou que há demanda por opções mais baratas, desde que o conteúdo seja de qualidade.
Para os consumidores brasileiros, a proposta chega num momento sensível: a inflação tem mexido no bolso da maioria, e serviços de streaming – que antes eram visto como luxo – agora competem por cada centavo disponível. O preço de R$ 43,90 coloca o Disney+ mais próximo do que os concorrentes cobram por produtos similares, tornando‑o uma escolha atraente para famílias, jovens e fãs de esportes.
Do ponto de vista da Disney, a nova camada com anúncios não só amplia a base de usuários, mas também oferece métricas valiosas sobre o comportamento da audiência. Cada exibição de anúncio gera dados que alimentam o algoritmo de recomendação e aprimoram o direcionamento de campanhas futuras.
Em resumo, a Disney+ está apostando em um modelo híbrido que une conteúdo premium, preço competitivo e tecnologia de anúncios de ponta. A expectativa é que, ao atrair um público mais amplo e gerar receita publicitária, a plataforma consiga consolidar sua posição no mercado latino‑americano, que ainda está em formação.
Comentários
Priscila Aguiar setembro 27, 2025 at 09:56
Finalmente! 🎉 Depois de anos pagando caro por algo que eu só usava 2x por semana, esse plano com anúncio é um soco no estômago da Disney... mas no bom sentido! 💸🍿
Ana Paula Santos Oliveira setembro 29, 2025 at 08:20
Esse negócio de anúncio? É só o começo... A Disney tá armazenando cada piscada sua enquanto assiste Frozen 2. Em 2026, vai te cobrar R$ 2 por cada vez que você chora no final do filme. 🕵️♀️💔
Dyanna Guedes setembro 30, 2025 at 07:55
Que ótimo! Acho que isso vai ajudar muita gente que tá apertada. Eu já assinei, e nem notei os anúncios - é só uma pausa pra tomar um gole d'água! 😊
Bruna Nogueira Nunes setembro 30, 2025 at 23:19
É curioso como a gente se acostuma com o que antes parecia intolerável... Um dia, anúncio era um sacrilégio. Hoje, é só um minuto de silêncio entre o Luke Skywalker e o Homem-Aranha. A gente não perde o conteúdo, só a ilusão de que tudo deveria ser perfeito. 🤔
Bruna Jordão outubro 1, 2025 at 15:38
Parabéns, Disney! Agora você tá usando o Mercado Livre pra vender *tudo* enquanto eu assisto a um episódio da Liga da Justiça. O que vem depois? Um pop-up com desconto de 20% no pão de queijo da padaria do lado da minha casa? 🤯
william levy outubro 2, 2025 at 00:56
Essa arquitetura de anúncios é um case de engenharia de dados de ponta: Clean Room + Audience Graph + Real-Time Ad Exchange = monetização em tempo real com compliance de privacidade de primeira parte. A Disney tá usando tecnologia que o Netflix ainda nem entende - e isso é um diferencial competitivo insustentável para os players tradicionais. 🔬
Renata Dutra Ramos outubro 2, 2025 at 20:57
É incrível como a indústria mudou: antes, a gente pagava pra não ver propaganda; hoje, a gente aceita 30 segundos de anúncio pra ter acesso a 8.500 horas de conteúdo. E ainda tem gente reclamando? O algoritmo já sabe que eu choro no final de 'Encanto', então ele me mostra uma promoção de tinta para o quarto da minha filha. Isso é inteligência artificial... ou invasão? 😅
Eu acho que a Disney acertou. O modelo híbrido é o futuro - e não é só sobre preço, é sobre escolha. Se eu quero silêncio, pago mais. Se eu quero economizar, aceito um intervalo. É justo. É transparente. E, sinceramente, é mais humano do que o modelo antigo, que fingia que ninguém olhava para os anúncios.
Além disso, o fato de ter ESPN + Star+ + Disney tudo junto é um sonho. Eu já não preciso de mais nada. A Netflix tá perdendo o bonde. E o melhor? Não precisei de um cartão de crédito internacional pra assinar. Tudo em reais, tudo no Mercado Pago. É o Brasil crescendo, mesmo com inflação.
Claro, se o anúncio durar 2 minutos... aí eu cancelo. Mas até agora, tudo bem. E se eles colocarem um anúncio do próprio Disney+ no meio do filme? Tá bom. É como se o próprio personagem te pedisse: ‘vai lá, assina o Premium, tá barato!’ 😄
Essa é a nova era do streaming: não é mais sobre exclusividade, é sobre acessibilidade. E a Disney tá fazendo isso com elegância. Parabéns, equipe.
Alinny MsCr outubro 4, 2025 at 15:58
OH MEU DEUS, VOCÊS NÃO VEEM? ESSA É A ARMA DA DISNEY PRA TE VENDER TUDO! 🚨 Eles já sabem que você assiste Star Wars toda sexta, então vão te mostrar anúncio de LEGO, depois de um jogo de futebol, depois de um pão de queijo da padaria, depois de um curso de inglês... E quando você der um suspiro? Vão te cobrar R$ 5 por esse suspiro. 💀
Sérgio Castro outubro 5, 2025 at 16:01
Isso aqui é o fim da civilização como conhecemos. 😭 A Netflix já fez isso e virou um lixo. Agora a Disney tá copiando... mas pior. Porque ela tem *tudo*. E agora vai usar os dados de cada piscada pra vender até o seu DNA. Quem assinou esse plano? Vai ser o primeiro a ter um anúncio de cartão de crédito no meio da cena do Darth Vader. 🤖
Camila Tisinovich outubro 6, 2025 at 09:39
Eu já tava pensando em cancelar. Mas R$ 43,90? Pode deixar. Ainda é mais barato que o café da minha filha na escola. E se o anúncio for da Marvel? Tá bom, eu deixo. Mas se for de qualquer coisa que não seja Star Wars ou Frozen? Cancelo no dia seguinte. 💅
Satoshi Nakamoto outubro 8, 2025 at 05:43
Interessante... mas vocês não perceberam que o preço promocional é um golpe? A Disney só está atrapalhando a concorrência para depois subir o preço em 6 meses. E quando você menos esperar, vai ter que pagar R$ 120 por um plano com 5 anúncios por filme. Eles já estão testando isso na Argentina. 📉
Josiane Barbosa Macedo outubro 9, 2025 at 05:00
Eu só queria dizer que, como mãe de dois filhos, esse plano me salvou. Não tenho como pagar R$ 62,90 todo mês, mas consigo R$ 43,90. E os anúncios? São só uns 30 segundos entre os episódios. Eles até colocam um de brinquedos da Disney... e aí a minha filha puxa minha manga: 'Mãe, queremos esse boneco!' 😅 Então, de certa forma, é até divertido. Obrigada por fazer isso acessível.