DPZ Mantém Autonomia e Identidade Após Compra pelo Publicis Groupe

DPZ Mantém Autonomia e Identidade Após Compra pelo Publicis Groupe

Acordo com Publicis Groupe mantém essência da DPZ

Muita gente pensou que a compra da DPZ pelo Publicis Groupe em 2011 mudaria tudo na agência. Mas não foi isso que aconteceu. Mesmo com a gigante francesa adquirindo 70% da empresa, a DPZ seguiu com seu jeito próprio, mantendo o nome, os líderes de sempre e aquele espírito criativo que marcou gerações na publicidade brasileira.

Roberto Duailibi, Francesc Petit e José Zaragoza, os nomes originais por trás da sigla DPZ, continuaram no comando, junto com Flavio Conti na presidência. E o escritório principal continuou firme em São Paulo, com filiais em Rio, Brasília e Vitória, provando que dava para crescer e ser global sem perder as raízes brasileiras.

Clientes de peso, legado criativo e cultura local fortalecida

O time não perdeu força depois da aquisição. Grandes marcas como Coca-Cola, Itaú, Vivo e Azul continuaram apostando na equipe da DPZ, mostrando confiança em seu trabalho. E não é para menos, já que a agência tem história: em 1975, trouxe o primeiro Leão de Ouro de Cannes para o Brasil — um marco que ecoa até hoje entre os publicitários.

Além de criar campanhas que ficaram na cabeça do povo, a DPZ também foi uma escola. Vários profissionais que passaram por lá acabaram virando referência no mercado, muitos deles ocupando cargos de destaque em outras agências ou empresas. Não há exagero em dizer que boa parte da publicidade brasileira moderna tem dedo da equipe original da DPZ.

Roberto Duailibi, que também é conhecido pelo seu trabalho como autor de livros influentes sobre comunicação, sempre defendeu que propaganda precisa de uma visão autêntica e alinhada à cultura nacional. Essa filosofia continuou orientando as decisões e campanhas da agência, mesmo depois de entrar para uma das maiores holdings de publicidade do planeta.

Mesmo depois do negócio com o Publicis Groupe, a DPZ não virou só mais uma filial internacional. A agência insistiu em mostrar que criatividade com identidade brasileira vale ouro — tanto para os clientes quanto para o mercado publicitário internacional.

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