A final da Copa Libertadores 2025 será disputada no Estadio Monumental de Lima, em Lima, no Peru, no sábado, 29 de novembro de 2025, às 20h (UTC-5). A decisão foi anunciada oficialmente pela CONMEBOL na segunda-feira, 11 de agosto de 2025, após reunião entre o presidente Alejandro Domingo Domínguez Ávalos, autoridades peruanas e a Federación Peruana de Fútbol (FPF). O estádio, com capacidade oficial de 80.093 espectadores, superou concorrentes como Brasília e Montevidéu — e será o palco da maior final da história do futebol sul-americano desde 2019, quando Flamengo venceu River Plate por 2 a 1 diante de 53.559 torcedores.
Por que Lima foi escolhida de novo?
A escolha não foi casual. Lima já provou que é capaz de organizar uma final da Libertadores com excelência. Em 2019, a cidade recebeu mais de 35 mil torcedores brasileiros sem incidentes graves, movimentou hotéis, transporte e comércio local, e transmitiu a partida para mais de 195 países. Foi esse histórico que pesou na balança. Segundo o próprio CONMEBOL, “Lima demostró en 2019 que puede recibir a los mejores equipos del continente. Ahora nos preparamos para una final que llegará a más de 195 países y que será una verdadera fiesta del fútbol, con un impacto a nivel mundial.” O Estadio Monumental de Lima, também chamado de Estadio Monumental 'U', pertence ao Club Universitario de Deportes. Foi reformado em 2000 e 2008, com aumento de capacidade e modernização de instalações — algo que o tornou mais atrativo que o Estadio Nacional, também na capital peruana. A estrutura tem pista de atletismo, iluminação de última geração e sistema de segurança integrado, tudo necessário para uma final de nível global.O calendário da Libertadores 2025: um ano de futebol intenso
A competição começa em 4 de fevereiro de 2025, com a primeira fase, e só termina com a final em 29 de novembro. O torneio tem fases bem definidas: a primeira etapa ocorre entre 4 e 13 de fevereiro; a segunda, entre 18 e 27 de fevereiro; e a terceira, de 4 a 13 de março. A fase de grupos, com 32 equipes divididas em oito chaves, vai de 1º a 29 de maio. As oitavas de final acontecem em agosto (12-21), as quartas em setembro (16-25), e as semifinais em outubro (21-30). O clímax, como já confirmado, será em Lima.Impacto econômico e logístico: o que o Peru está preparando
As autoridades peruanas já estão em ação. Projeções indicam que cerca de 75 mil pessoas estarão presentes no estádio — sendo 25 mil de fora do país. Isso significa um aumento significativo na demanda por hospedagem, voos, transporte público e serviços de segurança. O governo já começou a negociar com empresas de ônibus e metrô para ampliar horários e linhas durante o fim de semana da final. Além disso, há planos para criar zonas de lazer e festivais de futebol em áreas como Miraflores e Barranco, para acolher os torcedores que não conseguirem ingressos.Segundo o ministro do Turismo do Peru, a expectativa é de que o evento movimente mais de R$ 1,2 bilhão na economia local — o que supera o impacto da final de 2019 em cerca de 40%. Ainda há a questão da transmissão: a partida será exibida em mais de 195 países, o que coloca o Peru no centro do mapa do futebol mundial por alguns dias.
A política de rodízio da CONMEBOL: por que o Peru voltou tão cedo?
A CONMEBOL tem uma regra clara: a final da Libertadores roda entre os países da América do Sul. Depois de 2019 (Peru), veio a Colômbia (2020), Argentina (2021), Brasil (2022), Equador (2023) e Argentina novamente (2024). A volta ao Peru em 2025, apenas seis anos depois, é rara — e mostra o peso da performance logística da cidade em 2019. Em geral, o intervalo entre sedes é de oito a dez anos. Mas quando uma cidade demonstra capacidade excepcional, a entidade pode antecipar a volta. É o que aconteceu aqui.Reação dos torcedores e clubes
No Peru, a celebração foi imediata. Torcedores de Universitario e Alianza Lima compartilharam vídeos nas redes sociais com bandeiras e fogos de artifício. “É um orgulho ver nosso estádio no centro do mundo”, disse o torcedor Carlos Quispe, de 42 anos, que compareceu à final de 2019. Já no Brasil, alguns torcedores reclamaram da distância, mas a maioria reconheceu a qualidade do local. “Lima é um lugar seguro, com boa estrutura. Se for lá, vamos”, comentou o empresário Luiz Henrique, de São Paulo.Na Argentina, onde o futebol é quase religião, houve críticas — mas também respeito. “A CONMEBOL não escolhe por favoritismo, mas por capacidade. Lima merece”, disse o jornalista Diego Gómez, da revista El Gráfico.
Como será o dia da final?
O plano é transformar o sábado, 29 de novembro, em um feriado nacional no Peru. A previsão é de que a cidade entre em “modo final” a partir da quinta-feira anterior, com eventos culturais, feiras de comida típica e shows de artistas locais. O estádio será fechado para acessos não autorizados 12 horas antes do jogo. A segurança contará com 8 mil agentes, incluindo equipes da polícia peruana e colaboradores da CONMEBOL. Toda a área ao redor do Monumental terá bloqueios e pontos de inspeção.Frequently Asked Questions
Por que o Estadio Monumental foi escolhido em vez do Estadio Nacional?
O Monumental tem capacidade quase 20% maior (80.093 contra 50.000 do Nacional) e foi recentemente modernizado com infraestrutura de última geração. Além disso, já sediou uma final da Libertadores em 2019 com sucesso logístico e de segurança — algo que o Nacional nunca fez. A CONMEBOL priorizou experiência e volume de público.
Quais países terão mais torcedores em Lima?
O Brasil é o principal país de origem, com previsão de 15 mil torcedores. Argentina e Colômbia vêm em seguida, com cerca de 4 mil cada. Também há expectativa de 2 mil uruguaios, 1,5 mil chilenos e centenas de venezuelanos, equatorianos e bolivianos. A logística já inclui voos especiais e ônibus fretados para os principais centros de origem.
Como isso afeta os clubes brasileiros?
Para os clubes brasileiros, é um desafio logístico e financeiro. Viajar para Lima exige mais tempo de deslocamento e custos maiores que ir a Buenos Aires ou Santiago. Mas também é uma oportunidade: jogar em um estádio lotado e com clima de final europeia pode elevar o desempenho e o valor de mercado dos jogadores. A CBF já orientou os clubes a começarem a planejar viagens desde o início do ano.
Haverá transmissão gratuita no Brasil?
Não há confirmação oficial, mas historicamente a final da Libertadores é transmitida por emissoras abertas no Brasil quando há interesse nacional. Em 2019, a Globo exibiu o jogo gratuitamente. Em 2025, se um clube brasileiro chegar à final, é quase certo que haverá transmissão aberta. Caso contrário, a partida ficará restrita à TV paga — provavelmente no beIN Sports.
Qual é o recorde de público em uma final da Libertadores?
O recorde absoluto é de 196.517 torcedores, em 1965, no Estádio Nacional do Chile, entre Colo-Colo e River Plate. O recorde moderno é de 80.093 — exatamente a capacidade do Monumental de Lima. Se o estádio estiver cheio, será a maior final da era moderna da competição, desde que o recorde de 1965 não seja mais considerado por questões de segurança.
O que acontece se a final for adiada por causa do clima?
A CONMEBOL não prevê adiamento. Lima tem clima seco em novembro, com média de 1°C de temperatura e menos de 5 mm de chuva no mês. O estádio tem sistema de drenagem avançado e cobertura parcial. A única hipótese de adiamento seria uma emergência de segurança nacional — algo considerado extremamente improvável, dada a preparação já em curso.
Comentários
Maria Luiza Luiza outubro 30, 2025 at 12:25
Ah sim, claro, porque ninguém mais no continente sabia organizar uma final além do Peru. Brilhante escolha. Afinal, quem precisa de estádios novos em São Paulo ou Rio se a gente pode viajar 3 mil km pra ver o jogo num lugar onde até o metrô tem medo de funcionar?
Sayure D. Santos outubro 31, 2025 at 15:42
A decisão da CONMEBOL reflete uma lógica de eficiência operacional e retorno econômico comprovado. A infraestrutura do Monumental supera os parâmetros mínimos de segurança e acessibilidade exigidos para eventos de escala global. A repetição da sede não é exceção, é mérito.
Gustavo Junior novembro 1, 2025 at 03:57
Só faltava o Peru ganhar o direito de sediar a final por ter o menor índice de assaltos em estádios... E agora vamos torcer pra que o Brasil não chegue na final, porque se chegar, o governo vai ter que fechar o país inteiro só pra evitar que 15 mil brasileiros invadam Lima com camisa do Corinthians e 20 litros de cerveja!
kang kang novembro 2, 2025 at 01:16
É surreal pensar que um estádio de um clube pode ser o centro do futebol sul-americano 🤯. O Monumental não é só um lugar, é um símbolo. É o momento em que o futebol deixa de ser esporte e vira cultura, identidade, memória coletiva. E o Peru, de novo, está no epicentro disso. Que lindo.
Juliana Ju Vilela novembro 2, 2025 at 04:00
Vamos lá, pessoal! Se o Peru conseguiu fazer tudo isso em 2019, com certeza vai arrasar de novo! 🇵🇪🔥 Vai ser uma festa! Quem vai? Vou levar minha bandeira e um pão de queijo pra compartilhar!
Jailma Andrade novembro 3, 2025 at 04:34
É importante lembrar que o Peru não é só um país que recebe turistas. É um país que acolhe. Afinal, quando o mundo olha pra Lima, não vê só estádios e segurança. Vê pessoas, tradição, comida, música. E isso é o que realmente transforma um jogo em uma experiência humana.
Leandro Fialho novembro 3, 2025 at 19:44
Tá, mas e se eu quiser ir e não tiver grana? Será que tem alguma forma de ver o jogo na TV? Porque viajar pra Lima com família é tipo comprar um carro novo, e eu ainda tô pagando o conserto do meu Gol de 2010.
Eduardo Mallmann novembro 4, 2025 at 18:38
A escolha de Lima, embora tecnicamente justificável, representa uma contradição estrutural dentro do modelo de governança da CONMEBOL. A centralização de eventos em uma única geografia, mesmo que eficiente, perpetua a desigualdade regional e desincentiva investimentos em infraestrutura em outras nações sul-americanas. É uma vitória de logística, mas uma derrota de equidade.
Timothy Gill novembro 4, 2025 at 22:48
Lima é o novo Maracanã sem o drama e com menos corrupção e mais segurança e menos bagunça e mais organização e menos choro de torcedor e mais silêncio respeitoso e menos festa de merda e mais cultura real e menos grito e mais emoção e menos poluição e mais ar puro e menos caos e mais ordem e menos brasileiro e mais peruano e mais dignidade e menos teoria da conspiração e mais fatos e menos fofoca e mais história
David Costa novembro 6, 2025 at 02:29
O que muitos não percebem é que a escolha de Lima não é só sobre estádios ou segurança. É sobre reconhecimento. O Peru é um país que, apesar de todas as dificuldades, mantém viva a paixão pelo futebol. Afinal, é lá que o futebol ainda é um ritual, não um produto. É lá que o torcedor não compra ingresso, ele participa de uma cerimônia. E isso, meu caro, não se mede em bilhões de reais. Se mede em alma.
Willian de Andrade novembro 6, 2025 at 05:55
sera q vai ter wifi no estadio? pq se nao tiver eu nao vou, nao consigo viver sem instagram e tiktok durante o jogo
Thiago Silva novembro 7, 2025 at 06:48
Eu to emocionado. Sério. Não é só o estádio, não é só o dinheiro. É que o Peru, um país que quase ninguém leva a sério no futebol, está no centro do mundo. E isso é bonito. Se eu tiver grana, vou. E se não tiver, vou torcer de casa com um ceviche na mão e uma cerveja gelada. E vou chorar como se fosse meu time.
Sandra Blanco novembro 7, 2025 at 11:07
Se o Brasil não chegar na final, vai ser uma vergonha. Ninguém vai ligar pra essa final. Só vai assistir quem gosta de futebol peruano. E isso é triste.
Bruna Oliveira novembro 8, 2025 at 08:57
Lima? Sério? Depois de tudo que aconteceu em 2019, a CONMEBOL ainda confia nisso? Acho que a única coisa que eles não esqueceram foi o preço da cerveja no estádio. Porque se fosse sobre segurança, eles teriam escolhido Buenos Aires. Mas não, querem o drama. O teatro. O show. E nós, pobres mortais, vamos pagar o preço.
Rayane Martins novembro 10, 2025 at 02:10
Se você não vai pra Lima, não tá torcendo. Ponto. Não adianta ficar reclamando da distância. O futebol é isso: sacrifício, paixão, viagem. Quem não quer ir, fica em casa e assiste. Mas não venha falar que não é justo. O futebol não pede permissão. Ele acontece.