Antecedentes e expectativas
Quando José Mourinho chegou ao Benfica no verão de 2025, a torcida esperava um retorno triunfal do "Special One" ao futebol português. O técnico, que já havia treinado o clube em 2000‑2002, voltou após passagens bem-sucedidas na Itália, na Inglaterra e na Turquia. Em entrevista coletiva, Mourinho deixou claro que seu objetivo não era iniciar uma guerra contra Porto ou Sporting, mas sim reconstruir a identidade de um clube que ele descreveu como "gigante".
Na tabela da Primeira Liga, o Benfica ocupava a terceira colocação com 14 pontos conquistados em seis partidas (quatro vitórias e dois empates). A campanha começou sem sofrer derrotas, o que alimentou a esperança de um ataque incisivo comandado por Vangelis Pavlidis, Georgiy Sudakov e Fredrik Aursnes. Por outro lado, o Rio Ave vivia um calvário: 0 vitórias, quatro empates e duas derrotas, somando apenas quatro pontos. O Alvinegro de Vila do Conde precisava urgentemente de três pontos para fugir da zona de rebaixamento.
O confronto na Luz, marcado para as 19h15 (UTC), prometia ser um teste de fogo para Mourinho. A estratégia anunciada destacava a necessidade de controlar a posse de bola e pressionar alto, ao mesmo tempo em que reforçava a disciplina defensiva – um ponto que, até então, parecia vulnerável no elenco do Benfica.
Desenvolvimento da partida e desfecho
O início da partida mostrou o domínio claro do Benfica: mais de 65% de posse, largada de passes curtos e várias finalizações de Pavlidis que foram frustradas pelos reflexos de Cezary Pawet Miszta, goleiro do Rio Ave. O primeiro tempo acabou sem gols, mas o Rio Ave surpreendeu ao fechar bem as linhas defensivas, dificultando a penetração dos ala‑dorsais lisboetas.
No segundo tempo, o treinador britânico fez duas alterações táticas: inseriu Dodi Lukébakio no meio‑campo para dar mais criatividade e fez Sudakov avançar como centroavante. Essa mudança gerou a primeira oportunidade clara aos 71 minutos, quando Sudakov cabeceou um cruzamento de Aursnes, mas o cabeceio passou por cima do travessão.
Apenas cinco minutos antes do fim da partida, Sudakov acabou encontrando o fundo das redes: recebeu um passe filtrado de Lukébakio dentro da área e, com um toque rápido, empurrou a bola para o canto esquerdo, abrindo o placar para o Benfica. O estádio explodiu, e a expectativa era de que Mourinho celebrasse sua primeira vitória em Lisboa.
No entanto, o Rio Ave reagiu instantaneamente. Às 91 minutos, numa jogada de contra‑ataque, Tamás Nikitscher avançou pela direita, fez um cruzamento curto para André Luiz, que, de pé esquerdo, acertou um chute preciso do canto direito da caixa. O gol veio nos acréscimos, silenciando a festa dos torcedores benfiquistas e selando o empate inesperado.
Além do gol decisivo, Miszta foi o grande destaque do Rio Ave, realizando defesas cruciais contra as arrancadas de Pavlidis e as finalizações de longa distância de Sudakov. O desempenho do goleiro levantou dúvidas sobre a eficácia do ataque benfiquista na área rival, sobretudo na conversão de cabeçadas e chutes de primeira.
Com o 1 a 1, o Benfica manteve seus 14 pontos, mas viu o alvo da liderança da Primeira Liga se afastar. O técnico Mourinho ainda tem trabalho a fazer: melhorar a organização defensiva nos minutos finais e encontrar alternativas para romper defesas bem postas. Já o Rio Ave respirou aliviado, conquistando um ponto vital que pode ser decisivo na luta contra o descenso.
O empate deixa duas perguntas no ar: será que o estilo de jogo de Mourinho se adaptará ao ritmo da liga portuguesa? E até que ponto o Benfica conseguirá transformar sua posse dominante em gols consistentes? As próximas rodadas serão decisivas para esclarecer ambos os pontos.
Comentários
william levy setembro 26, 2025 at 09:34
Essa partida foi um case study em transição tática mal gerenciada. Mourinho aplicou um sistema 4-2-3-1 com pressão alta, mas o Benfica sofreu com a falta de verticalidade no terço final - os passes de última linha eram previsíveis, e o Rio Ave compactou em bloco de 4-4-2 com linhas muito próximas. A ausência de um meia de contenção no segundo tempo deixou o meio-campo exposto, e o gol sofrido foi uma consequência direta da falha na transição defensiva. Ainda assim, a pressão de Lukébakio e Sudakov gerou 12 finalizações, mas só 3 foram na direção certa. O problema não é o treinador, é o elenco: Pavlidis não tem velocidade para explorar espaços, e Aursnes é um lateral de construção, não de ataque. Precisamos de um volante de arranque e um centroavante físico. Fica a lição: posse não é domínio, é controle. E controle sem eficiência é autossabotagem.
Bruna Jordão setembro 27, 2025 at 17:25
Eu amei o jeito que o Rio Ave jogou. Não era bonito, mas era inteligente. Eles sabiam que não tinham chance de dominar, então viraram o jogo com raça e organização. O gol do André Luiz? Puro instinto. Um cara que ninguém esperava, no momento exato, com um chute de pé esquerdo que parece saído de um videogame. E o goleiro? Um herói sem capa. O Benfica tem talento, mas tá faltando alma. Não é só tática, é sentimento. Eles jogaram como se tivessem medo de errar, e o Rio Ave jogou como se tivesse nada a perder. Aí que mora a diferença, meu Deus.
Sérgio Castro setembro 29, 2025 at 11:44
HAHAHAHA 💀 Mourinho tá no modo "tiro no pé com estilo". Primeiro empate em casa contra um time que tá na lanterna? Tá vendo, galera? Ele tá tentando ser "moderninho" e esqueceu que no Benfica, o que importa é MATAR. 65% de posse e só 1 gol? Isso é futebol de Netflix, não de Luz. O Sudakov é um gênio, mas tá sozinho. E o Pavlidis? Um jogador que faz 30 passes e não faz nada. O cara tá com 32 anos e ainda acha que é o Special One. Mas e o time? O time tá com 32 anos também, e tá morrendo de saudade do António Oliveira. Se o Benfica não trocar 4 jogadores até o fim do mês, vai terminar em 4º e o Mourinho vai virar meme no TikTok. 🤡🔥
Camila Tisinovich setembro 30, 2025 at 01:39
Como assim empate? Como assim? O Benfica é o BENFICA, não um time de segunda divisão! E esse Mourinho, que era o cara que fazia o Chelsea ganhar de 4 a 0, tá aqui fazendo o time jogar como se tivesse medo da própria sombra? A torcida tá chorando, os torcedores estão em casa desligando a TV, e ele tá lá com aquele sorriso de quem acabou de ganhar na loteria. E o gol do Rio Ave? Foi um acaso, mas foi um acaso que ele permitiu. Se ele não tivesse colocado o Sudakov como centroavante, o time não teria criado nada. E agora? Vai ficar esperando o Pavlidis acertar um chute de 30 metros? Pelo amor de Deus, isso é futebol ou teatro?
satoshi niikura outubro 2, 2025 at 01:13
Interessante observar a evolução do modelo de pressão de Mourinho em comparação com suas passagens anteriores. Na época de Chelsea, o sistema era baseado em alta pressão com transição imediata e linhas compactas. Aqui, a pressão é mais espalhada, e o desequilíbrio entre os laterais e os volantes cria vãos que times de contra-ataque exploram com precisão cirúrgica. O Rio Ave, embora tecnicamente inferior, demonstrou uma compreensão tática superior na organização defensiva. A ausência de um jogador com capacidade de recuperação de bola no centro do campo - alguém como um Casemiro ou um Fernandinho - torna o sistema vulnerável. Ainda assim, a introdução de Lukébakio no 71º minuto foi um movimento de alto nível estratégico. A pergunta que permanece: será que o Benfica tem os recursos físicos e mentais para sustentar esse modelo de jogo por 90 minutos, ou será apenas um experimento de curto prazo?
Joana Sequeira outubro 3, 2025 at 23:40
Eu acho que o empate foi justo. O Benfica teve mais posse, mas o Rio Ave fez o que tinha que fazer: se defender, esperar, e aproveitar o erro. O gol do Sudakov foi lindo, mas o time inteiro parecia que estava esperando alguém fazer tudo por eles. O Mourinho tá tentando mudar a cultura, e isso leva tempo. Não dá pra esperar que tudo vire ouro na primeira partida. O importante é que o time tá jogando com intensidade, com identidade. O problema não é o técnico, é a pressão. A torcida quer vitória agora, mas o time precisa de confiança. E o goleiro do Rio Ave? Ele merecia um prêmio. Não é todo dia que um goleiro de time da lanterna salva um time inteiro. Acho que esse empate pode ser o começo de algo melhor. Se o Mourinho continuar com paciência, e os jogadores continuarem com humildade, a gente vai ver um Benfica de verdade. Não um time de estatísticas. Um time de coração.
Larissa Moraes outubro 5, 2025 at 16:28
SEU BENFICA TÁ FUDIDO KKKKKK NEM O MOURINHO CONSEGUE FAZER ESSA GENTE JOGAR! ISSO É FUTEBOL OU PINTURA? 65% DE POSSE E SÓ 1 GOL? E O RIO AVE QUE TÁ NA LANTERNA, VEM AQUI E FAZ 1 GOL NO ACRESÇIMO, E O BENFICA AINDA TÁ COMEMORANDO? QUEM É O GIGANTE AQUI? O RIO AVE QUE TÁ LUTANDO PRA NÃO REBAIXAR? QUEM É O GIGANTE? O MOURINHO QUE TÁ TENTANDO FAZER O TIME JOGAR COM CERTEZA? AÍ É TUDO TEORIA, MEU AMIGO! VAI PRA CASA, MOURINHO, E DEIXA PRA ALGUM QUE SABE O QUE É BENFICA! E O GOL DO ANDRÉ LUIZ? FODA-SE, ELE É O NOVO RONALDO! 😂🔥