Durante um discurso em um comício de sua campanha, o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou que as eleições no Brasil não são auditadas. Sua declaração, feita sem apresentar qualquer evidência que pudesse sustentá-la, gerou uma rápida resposta da Justiça Eleitoral brasileira. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil rebateu com veemência as alegações infundadas de Maduro, esclarecendo que o sistema de votação brasileiro é totalmente auditável.
Maduro ainda questionou os sistemas eleitorais dos Estados Unidos e da Colômbia, sugerindo uma falta de transparência e controle nestes países também. Estas declarações foram vistas como uma tentativa do presidente venezuelano de desviar a atenção da comunidade internacional em relação às críticas que ele próprio e seu governo vêm enfrentando sobre a legitimidade de suas eleições no país.
O Tribunal Superior Eleitoral do Brasil explicou minuciosamente como o processo de auditoria funciona no país. De acordo com o TSE, o sistema eleitoral brasileiro consta com um documento chamado Boletim de Urna (BU), que é gerado em cada seção eleitoral. Este boletim contém um detalhamento de todos os votos computados nesta seção específica. Após a conclusão da votação, os resultados são disponibilizados publicamente para que qualquer cidadão possa conferir os dados, o que evidencia a transparência e a confiabilidade do sistema brasileiro.
Em resposta às alegações de Maduro, o presidente do TSE, ministro Roberto Barroso, destacou a importância da confiança e da credibilidade nos processos eleitorais de um país. Segundo Barroso, qualquer tentativa de desmerecer o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas concretas representa um ataque injusto e sem fundamento, que só visa criar desconfiança entre os eleitores brasileiros.
As afirmações de Maduro foram recebidas com indignação também por parte de diversas autoridades brasileiras que se manifestaram em defesa do sistema eleitoral. Parlamentares de diferentes partidos políticos se uniram para repelir as insinuações do líder venezuelano, enfatizando que o processo eleitoral brasileiro é reconhecido mundialmente por sua eficiência e segurança.
O próprio presidente do Brasil, assim como vários ministros e governadores estaduais, reiteraram a confiança no TSE e no sistema de urnas eletrônicas, defendendo-o como um dos mais seguros e modernos do mundo. Em discurso, o presidente afirmou que qualquer tentativa de desacreditar as eleições no Brasil é, na verdade, uma tentativa de enfraquecer a democracia.
Além disso, diversas organizações internacionais já endossaram a legitimidade das eleições brasileiras ao longo dos anos. Observadores internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia, têm constantemente afirmado que os processos eleitorais realizados no Brasil são transparentes e justos.
A declaração de Maduro ocorre num momento em que há uma pressão interna e externa para que o regime venezuelano realize eleições livres e justas. A eleição presidencial de 2018, mencionada com frequência em críticas a Maduro, foi marcada por alegações de fraude e irregularidades, resultando em um amplo reconhecimento internacional da crise democrática na Venezuela.
Por outro lado, a colisão entre as alegações infundadas de Maduro e a realidade do sistema eleitoral brasileiro destaca um problema maior de desinformação e ataques à integridade eleitoral em diversas partes do mundo. Tais declarações, sem base em provas concretas, enfraquecem a confiança pública nas instituições e podem pôr em risco a estabilidade democrática de uma nação.
Portanto, fica evidente que a defesa das instituições democráticas e eleitorais é fundamental para a manutenção da ordem democrática e da confiança pública no processo eleitoral. Manter a transparência e responder prontamente a tentativas de desinformação são passos cruciais para assegurar que os cidadãos continuem a confiar em seu sistema de votação e na legitimidade de seus eleitos.