Câncer de Próstata: tudo que você precisa saber para cuidar da sua saúde

Se você tem 50 anos ou mais, já deve ter ouvido falar sobre o câncer de próstata. Mas o que realmente significa ter a doença? E como identificar os primeiros sinais antes que tudo vire um problema maior? Vamos conversar de forma simples, sem termos complicados, para que você saiba o que fazer.

Sintomas que não dá para ignorar

O primeiro sinal costuma ser dificuldade ao urinar: fluxo fraco, necessidade de ir ao banheiro mais vezes à noite ou sensação de que a bexiga não esvazia completamente. Sangue na urina ou no sêmen também pode aparecer, embora seja menos comum. Se notar dor na região lombar, quadris ou pernas, não deixe para depois – esses podem ser indícios de que o câncer já avançou.

Como fazer o diagnóstico com segurança

O exame de PSA (antígeno prostático específico) é o ponto de partida. Ele mede a quantidade de uma proteína que a próstata libera no sangue. Valores elevados não significam câncer automático, mas indicam que algo precisa ser investigado. O próximo passo costuma ser o toque retal, onde o médico sente a glândula para detectar nódulos. Em casos suspeitos, a ultrassonografia transretal e a biópsia confirmam o diagnóstico.

Mas não se assuste com o toque retal. Ele é rápido, pode ser desconfortável, mas quase indolor e essencial para detectar alterações que o PSA não mostra. Se o médico recomendar a biópsia, saiba que ela coleta pequenos fragmentos de tecido para análise laboratorial e costuma ser feita com anestesia local.

Quando o diagnóstico chega, a primeira pergunta que surge é: o que pode ser feito? O tratamento varia conforme o estágio da doença, a idade do paciente e a presença de outras condições de saúde. Em estágios iniciais, a cirurgia radical ou a radioterapia podem remover ou destruir o tumor. Em casos mais avançados, hormonioterapia, quimioterapia ou imunoterapia entram em cena.

Para quem tem tumor de baixo risco e idade avançada, a vigilância ativa pode ser a escolha. Isso significa monitorar o PSA e fazer exames periódicos, adiando intervenções invasivas até que o câncer mostre sinais de progressão. Essa abordagem evita efeitos colaterais desnecessários.

Prevenir é sempre melhor que tratar. Manter um peso saudável, praticar exercícios regularmente e adotar uma dieta rica em frutas, legumes e fibras diminui o risco. Estudos mostram que alimentos ricos em licopeno, como tomate, podem proteger a próstata. Evitar álcool em excesso e parar de fumar também são medidas simples, mas poderosas.

Ficar atento aos fatores de risco faz diferença. Histórico familiar de câncer de próstata aumenta a chance de desenvolver a doença. Se seu pai ou irmão foi diagnosticado, converse com o médico sobre iniciar o rastreamento mais cedo, a partir dos 45 anos.

Não deixe o medo parar você de buscar informação. Pergunte ao seu médico tudo o que quiser entender: qual é o seu risco, quais exames são recomendados e qual tratamento se encaixa melhor no seu caso. A decisão mais importante é estar bem informado e participar ativamente da sua saúde.