Câncer de Esôfago: o que você precisa saber

O câncer de esôfago ainda é pouco comentado, mas afeta milhares de pessoas no Brasil. Saber como ele se desenvolve, quais sinais aparecem primeiro e quais são as opções de tratamento ajuda a buscar ajuda precoce e melhorar o prognóstico.

Principais causas e fatores de risco

Não existe uma única causa para o câncer de esôfago. O consumo habitual de álcool e tabaco é o fator mais forte; quem fuma ou bebe excessivamente tem risco até cinco vezes maior. Outra peça importante é a doença de refluxo gastroesofágico (DRGE). Quando o ácido do estômago irrita o esôfago por anos, pode surgir uma condição chamada esôfago de Barrett, que aumenta a chance de desenvolver câncer.

Alimentação pobre em frutas, legumes e fibras também está ligada ao aumento do risco. Dietas ricas em carnes processadas e alimentos muito quentes podem irritar a mucosa esofágica. Além disso, alguns vírus, como o papilomavírus humano (HPV), podem interferir no tecido e levar ao tumor.

Sintomas, diagnóstico e opções de tratamento

Os primeiros sinais do câncer de esôfago costumam ser “discretos” e fáceis de ignorar. Dificuldade para engolir alimentos sólidos, sensação de que algo está preso na garganta e dor ao engolir são os mais comuns. Quando o tumor cresce, a dor pode aparecer no peito ou nas costas, e a pessoa pode perder peso sem explicação. Se houver sangramento, a pessoa pode notar sangue na saliva ou regurgitar sangue preto (melena).

Ao suspeitar desses sintomas, o médico geralmente pede uma endoscopia com biópsia. Esse exame permite observar o interior do esôfago e coletar tecido para confirmar se há células cancerígenas. Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e PET‑scan, ajudam a verificar se o câncer já se espalhou para outros órgãos.

O tratamento depende do estágio da doença e da saúde geral do paciente. Para tumores pequenos e localizados, a cirurgia para remover parte do esôfago pode ser curativa. Quando o tumor já está avançado, a combinação de quimioterapia e radioterapia (tratamento neoadjuvante) costuma ser usada antes da cirurgia para encolher o tumor.

Em casos onde a cirurgia não é viável, a radioterapia de alta dose ou a quimioterapia palliativa são alternativas para controlar a doença e aliviar sintomas. Novas terapias alvo, como os inibidores de PD‑1, têm mostrado resultados promissores em pacientes selecionados.

Além do tratamento médico, mudanças no estilo de vida são fundamentais. Parar de fumar, reduzir o consumo de álcool, adotar uma dieta rica em frutas, legumes e fibras e controlar o refluxo com medicamentos ou medidas dietéticas ajudam a impedir a progressão do tumor e melhorar a qualidade de vida.

Se você ou alguém que conhece apresenta sinais de dificuldade para engolir ou dor persistente no peito, procure um médico o quanto antes. O diagnóstico precoce ainda é a melhor arma contra o câncer de esôfago.

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