Cirurgia Retal: tudo o que você precisa entender

Se você recebeu o diagnóstico de um problema no reto, a primeira coisa que vem na cabeça é “cirurgia”. Mas não precisa entrar em pânico. A cirurgia retal é um procedimento bem estudado e, quando indicado, pode melhorar sua qualidade de vida.

Quando a cirurgia retal é indicada?

Os médicos recomendam a cirurgia retal em alguns casos claros: tumores malignos ou benignos que não podem ser tratados só com medicamentos, fissuras crônicas que não cicatrizam, prolapso retal (quando parte do reto sai pela abertura), e doenças inflamatórias graves. Cada caso é avaliado individualmente, então a decisão depende do tamanho da lesão, da saúde geral do paciente e das opções menos invasivas.

Como é o preparo para a cirurgia?

Antes da operação, você vai passar por alguns exames – colonoscopia, tomografia e exames de sangue. O objetivo é mapear bem o que está acontecendo. O médico também vai conversar sobre medicamentos que você deve parar, como anticoagulantes, e sobre a alimentação nos dias que antecedem o procedimento. Normalmente, pede‑se uma dieta leve e, às vezes, um enema para limpar o intestino.

No dia da cirurgia, você receberá anestesia geral ou regional, dependendo do tipo de técnica que o cirurgião vai usar. Hoje, muitas cirurgias retais são feitas por laparoscopia, que são pequenas incisões e menos dor após o procedimento.

O que acontece durante a cirurgia?

Existem duas abordagens principais: aberta e minimamente invasiva. Na cirurgia aberta, o cirurgião faz uma incisão maior na região abdominal para ter acesso direto ao reto. Na laparoscopia, ele utiliza uma câmera e instrumentos finos por pequenas portas. Em ambos os casos, o objetivo é remover a parte do reto afetada e reconectar o intestino, garantindo que o fluxo continue normal.

Algumas técnicas avançadas permitem preservar o esfíncter anal, evitando problemas de continência. O cirurgião vai avaliar a melhor opção conforme a localização e o tamanho da lesão.

Recuperação e cuidados pós‑operatórios

Depois da cirurgia, a maioria dos pacientes fica no hospital de 1 a 3 dias. Você vai sentir dor na região, mas os analgésicos controlam bem. É importante levantar logo que puder, caminhar curtas distâncias e fazer exercícios de respiração para evitar complicações pulmonares.

A dieta volta a ser introduzida gradualmente: primeiro líquidos claros, depois alimentos leves e, por fim, a dieta normal. O médico pode prescrever laxantes suaves para evitar constipação, que é o maior inimigo da cicatrização.

O retorno às atividades normais costuma acontecer em 2 a 4 semanas, dependendo do tipo de cirurgia. Se o trabalho exige esforço físico, aguarde até receber liberação do médico.

Dicas práticas para um bom resultado

  • Não ignore sangramentos ou dor persistente; avise o médico.
  • Siga à risca as orientações de uso de medicamentos.
  • Mantenha a higiene local, usando água morna e sabão neutro.
  • Faça as consultas de acompanhamento; elas ajudam a detectar problemas cedo.
  • Adote uma alimentação rica em fibras após a cicatrização para evitar constipação.

Lembre‑se que a cirurgia retal, quando indicada, tem alta taxa de sucesso. Com preparo adequado, boas práticas no pós‑operatório e acompanhamento médico, você volta à rotina com tranquilidade.

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