Estupro: o que o médico residente precisa saber para atender a vítima
Se você está no pronto‑socorro e recebe uma pessoa que acabou de passar por um estupro, a primeira reação costuma ser de choque. Mas o que realmente importa é agir rápido, com segurança e muito respeito. Abaixo, mostro passo a passo o que fazer, sem complicar.
Primeiros passos no pronto‑socorro
1. Garantir privacidade. Leve a vítima para um local silencioso, onde ninguém possa ouvir ou ver o que acontece. Feche a porta, desligue o telefone da chamada de emergência e explique que tudo será confidencial.
2. Escuta ativa. Deixe a pessoa falar no seu ritmo. Não pressione por detalhes que ela não queira contar. Use frases como "Estou aqui para ajudar" e "Fale quando se sentir confortável".
3. Documentar o relato. Anote tudo exatamente como foi dito, sem interpretar. Use termos objetivos, como "relatou" ou "informou". Esse registro pode ser importante para a polícia, mas o foco principal agora é a saúde da pessoa.
4. Triagem física. Verifique sinais vitais, nivel de consciência e possíveis lesões externas. Se houver sangramento, pare imediatamente com compressão firme.
5. Coleta de provas. Se a vítima concordar, faça o exame de corpo de delito (EBD). Use kits de coleta adequados, siga a cadeia de custódia e registre hora e data. Lembre‑se: a decisão de coletar ou não deve ser da própria vítima.
6. Profilaxia e tratamento imediato. Ofereça:
- Contraceptivo de emergência (pílula ou DIU), se a vítima ainda não estiver usando.
- Profilaxia pós‑exposição (PEP) para HIV, iniciando o quanto antes (idealmente dentro de 72 horas).
- Vacina antitetânica, caso haja risco.
- Antibióticos de amplo espectro para prevenir infecções ginecológicas.
Essas medidas são padrão e não precisam de autorização judicial.
Acompanhamento e encaminhamentos
7. Apoio psicológico. A maioria das vítimas precisa de acompanhamento mental. Indique o serviço de psicologia do hospital ou ligue para a Central de Atendimento à Mulher (180). Não deixe a pessoa sair sem saber a quem recorrer.
8. Encaminhamento legal. Se a vítima quiser registrar ocorrência, oriente sobre o procedimento na delegacia ou via aplicativo da polícia. Deixe o número de contato da Defensoria Pública.
9. Seguimento clínico. Marque consulta de retorno em até 7 dias para reavaliar curativos, exames laboratoriais (HIV, sífilis, hepatite B e C) e reforçar a necessidade de atenção psicológica.
10. Registre tudo no prontuário. Anote medicamentos prescritos, doses, horários e orientações dadas. Use linguagem clara para que outros profissionais entendam rapidamente o que foi feito.
Ao seguir esses passos, você ajuda a vítima a recuperar a saúde física e emocional, além de cumprir seu papel como profissional de saúde. Lembre‑se: respeito, rapidez e empatia são as chaves para um atendimento adequado.
Investigação Aberta Sobre Suposto Caso de Estupro em Hotel Sueco com Presença de Kylian Mbappé
por Juniar Priscila
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Uma investigação foi lançada por autoridades suecas sobre um suposto caso de estupro em um hotel onde estava o jogador Kylian Mbappé. O episódio ocorreu na madrugada da semana passada e a vítima fez a denúncia à polícia. O hotel e a data exata não foram especificados. Mbappé estava na Suécia para um jogo, mas não se sabe se ele é parte da investigação. O caso chama atenção devido à fama do jogador, mas não há conclusões ainda.
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