Lesão: o que você precisa saber agora

Seja você médico residente, fisioterapeuta ou alguém que acabou de torcer o tornozelo jogando bola, entender a lesão é o primeiro passo para evitar complicações. A maioria das lesões tem um padrão: trauma, sobrecarga ou movimento errado. Quando o corpo sente essa “sinalização” de dor, ele está tentando dizer que algo não está certo. Ignorar pode virar dor crônica, afastamento do trabalho e até cirurgia.

Tipos mais comuns de lesões

Na prática clínica vemos três categorias que aparecem o tempo todo:

  • Entorses e distensões: ocorrem quando ligamentos ou músculos são esticados além do limite. O clássico torção de tornozelo ou a distensão do músculo posterior da coxa são exemplos.
  • Fraturas: ruptura de ossos, muitas vezes por impacto direto. Em emergências, a dor intensa, inchaço e incapacidade de mover o membro são indícios claros.
  • Lesões por esforço repetitivo (LER): resultado de movimentos contínuos, como tendinite do ombro em nadadores ou síndrome do túnel carpal em digitadores.

Identificar o tipo certo ajuda a escolher o tratamento adequado e reduz o tempo de recuperação.

Como lidar e prevenir lesões

Quando a lesão já aconteceu, o protocolo RICE ainda funciona: Repouso, Ice (gelo), Compressão e Elevação. Combine isso com avaliação clínica detalhada e, se necessário, exames de imagem. O tratamento pode variar de fisioterapia dirigida a anti-inflamatórios, até cirurgia em casos graves.

Mas a melhor estratégia é prevenir. Algumas dicas simples que você pode aplicar na sua rotina ou recomendar aos pacientes:

  1. Faça aquecimento adequado antes de qualquer atividade física. Cinco a dez minutos de cardio leve + alongamentos dinâmicos já evitam a maioria dos entorses.
  2. Fortaleça a musculatura de suporte. Exercícios de propriocepção para tornozelos e core fortalecem a estabilidade.
  3. Respeite os limites de carga. Progrida gradualmente na carga de trabalho ou no volume de treinamento para evitar LER.
  4. Mantenha postura correta. No ambiente de trabalho, ajuste a altura da cadeira e do monitor para reduzir tensão nos ombros e pescoço.
  5. Use equipamentos de proteção quando necessário – joelheiras, capacetes, cintos.

Para médicos residentes, ficar atento ao diagnóstico precoce faz toda a diferença. Pergunte ao paciente sobre o início da dor, mecanismo da lesão e fatores que agravam ou aliviam. Use escalas de dor e observe sinais de inflamação local.

Na hora da prescrição, prefira abordagens multimodais: analgésicos combinados com fisioterapia guiada. Lembre‑se que a reabilitação não termina quando a dor diminui; o objetivo é devolver a funcionalidade completa e evitar recidivas.

Se precisar de apoio especializado, encaminhe o caso para fisioterapia esportiva ou ortopedia. Em unidades de ensino, aproveite a oportunidade para discutir o caso em sessões de revisão de prontuário; isso ajuda a consolidar o aprendizado e melhora o manejo futuro.

Em resumo, reconhecer rapidamente o tipo de lesão, aplicar um tratamento baseado em evidências e investir em prevenção são passos essenciais para manter pacientes e atletas fora do “consultório de emergência”. Quanto mais simples e consistente for a prática, menores as chances de complicações.

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