Clima no Brasil: o que impacta a saúde e o dia a dia dos médicos residentes

O clima não afeta só a roupa que a gente usa. Ele mexe com a prevenção de doenças, o ritmo dos plantões e até a disposição dos pacientes. Por isso, ficar por dentro das mudanças climáticas ajuda a tomar decisões mais rápidas e seguras no hospital.

Se você é residente, já percebeu que um dia frio ou muito quente muda a forma como os pacientes chegam à UTI. Infecções respiratórias aumentam no frio, enquanto desidratação e crises cardíacas dão as caras nas ondas de calor. Saber o que está por vir pode ser a diferença entre um diagnóstico rápido e um atraso que complica o tratamento.

Frio inesperado: o caso de Curitiba

No dia 24 de janeiro de 2024, Curitiba registrou o dia mais frio do ano, com 9,4 °C às 6h30. Uma massa de ar polar trouxe ventos fortes, céu nublado e risco de geada, segundo o Simepar. Cidades como Londrina e Maringá sentiram o mesmo efeito. Para os profissionais de saúde, isso significou um aumento nos atendimentos por hipotermia, bronquite e crises de asma.

O alerta do Simepar ajudou hospitais a se prepararem: plantões de enfermagem foram reforçados, mantas térmicas foram disponibilizadas e a equipe de emergência recebeu treinamento rápido para lidar com hipotermia. Essa experiência mostra como a informação climática pode salvar vidas quando é usada a tempo.

Dicas práticas para lidar com variações climáticas

1. Cheque a previsão diariamente. Use aplicativos confiáveis e siga os alertas de órgãos como o INMET. Uma visão de 48 horas já permite ajustar plantões e materiais.

2. Prepare kits de emergência. Mantas, termômetros, soluções salinas e espaçadores de nariz ajudam a atender rapidamente quem chega com choque térmico ou crises respiratórias.

3. Hidrate a equipe. Em dias de calor intenso, disponibilize água gelada e intervalos curtos para descanso ao ar livre. Isso reduz a fadiga e o risco de acidentes.

4. Adapte o ambiente do serviço. Mantenha a temperatura interna controlada, use umidificadores em ambientes secos e ventilação adequada em dias úmidos.

5. Eduque os pacientes. Dicas simples – usar roupas adequadas, beber água, evitar exposição prolongada – podem diminuir o número de internamentos evitáveis.

Manter um canal de comunicação rápido entre a equipe de plantão e a administração hospitalar garante que qualquer mudança brusca no clima seja transformada em ação prática imediatamente.

Além desses cuidados, fique atento às notícias de clima que o Residência Médica Brasil traz todos os dias. Elas são feitas para quem vive a rotina hospitalar e precisa de informação precisa, sem enrolação. Assim, você acompanha o que realmente importa: como o tempo afeta a saúde e o que fazer para estar pronto.

Em resumo, o clima é um aliado ou um obstáculo, dependendo de como a gente se prepara. Use as previsões, monte seus kits, treine a equipe e compartilhe informações. Assim, cada variação climática vira apenas mais um detalhe no seu dia a dia, sem atrapalhar a missão de cuidar dos pacientes.

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