Ondas de Calor no Brasil: impactos, riscos e como se proteger

Quando falamos de ondas de calor, períodos prolongados de temperaturas excessivas que prejudicam a saúde, a economia e os ecossistemas. Também conhecidas como heat waves, elas são cada vez mais frequentes por causa do aquecimento global, processo de elevação gradual da temperatura média do planeta. Essa combinação cria um ciclo em que ondas de calor intensificam a temperatura, valor medido em graus Celsius que indica o grau de calor do ar e, por sua vez, a alta temperatura piora a condição climática, gerando ainda mais ondas de calor.

Como as ondas de calor afetam a saúde pública

O principal vínculo entre ondas de calor e saúde é o aumento do risco de desidratação, perda excessiva de água corporal que pode levar a fadiga, confusão mental e até choque. A desidratação acontece quando o corpo não consegue repor os líquidos perdidos pelo suor intenso. Além disso, a elevação da temperatura eleva a sobrecarga nos sistemas de saúde, já que hospitais recebem mais casos de insolação, crises cardíacas e exacerbação de doenças respiratórias. Estudos recentes mostram que a mortalidade em cidades grandes pode subir até 5% durante uma onda de calor prolongada, principalmente entre idosos e crianças.

Outro ponto crítico é o efeito das ondas de calor nos ambientes urbanos. As cidades, com concreto e asfaltos, absorvem e liberam calor mais lentamente, criando o chamado efeito ilha de calor. Isso significa que a temperatura dentro de áreas densamente construídas pode ser 3 a 7 °C maior que nas áreas rurais. Essa diferença intensifica o desconforto térmico e aumenta a necessidade de medidas de mitigação, como plantio de árvores, telhados verdes e sistemas de ventilação natural. Quando o efeito ilha de calor se combina com a mudança climática, o risco de eventos extremos cresce exponencialmente.

Para minimizar esses impactos, autoridades de saúde recomendam estratégias simples, porém eficazes. Manter-se hidratado, evitar esforço físico nas horas mais quentes (normalmente entre 12 h e 18 h) e usar roupas leves são hábitos básicos. Em locais de trabalho, a adaptação de horários e a disponibilização de água fresca são essenciais. Além disso, a criação de centros de frio em comunidades vulneráveis – como asilos e bairros de baixa renda – pode reduzir significativamente a mortalidade durante picos de calor.

Do ponto de vista da política pública, a integração entre setores é fundamental. Planejadores urbanos precisam considerar a temperatura nas decisões de uso do solo, enquanto os sistemas de saúde devem ter protocolos de resposta rápida para ondas de calor. Investimentos em monitoramento climático, com estações de medição em tempo real, permitem alertas antecipados e mobilizam a população antes que a situação se agrave. Quando a mudança climática, processo de alterações nas condições climáticas globais causado por emissões de gases de efeito estufa é reconhecida como motor das ondas de calor, as estratégias de mitigação, como redução de emissões, tornam-se parte da solução de longo prazo.

Ao explorar a lista de notícias abaixo, você verá como diferentes áreas – desde a medicina até a gestão urbana – abordam esses desafios. Cada artigo traz um ponto de vista específico, seja explicando os últimos dados de temperatura, analisando políticas de saúde pública ou apresentando iniciativas de adaptação nas cidades. Essa seleção demonstra a amplitude do tema e oferece insights práticos que você pode aplicar no seu dia a dia ou levar para discussões profissionais. Continue a leitura e descubra como enfrentar as ondas de calor de forma mais informada e preparada.

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