Sarampo: entenda a doença, os sinais e como se proteger
O sarampo ainda dá trabalho no Brasil, apesar da vacina estar disponível há décadas. Se você acha que a doença é coisa do passado, pode estar enganado. Vamos conversar sobre o que realmente acontece quando o vírus ataca, como identificar os sintomas e, sobretudo, por que a vacinação continua sendo a melhor arma.
Como o sarampo se espalha e quais são os sinais mais claros
O vírus do sarampo entra no organismo pela via respiratória – ou seja, ao respirar ar contaminado por gotículas de alguém infectado. Depois de um período de incubação de cerca de 10 a 14 dias, os primeiros sinais aparecem.
Os sintomas iniciais são parecidos com os de uma gripe: febre alta, tosse, coriza e olhos vermelhos. Mas o que deixa o sarampo famoso é a mancha de Koplik, pontinhos brancos dentro da boca, que surgem antes da erupção cutânea. Dentro de poucos dias, a pele desenvolve manchas vermelhas que começam no rosto e se espalham para o tronco e membros.
Se alguém da sua casa apresenta esses sinais, isole a pessoa, mantenha a hidratação e procure um médico imediatamente. O diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações graves, como pneumonia ou encefalite.
Por que a vacina ainda é a melhor escolha
A vacina tríplice viral (tríplice bacilo) protege contra sarampo, caxumba e rubéola. No Brasil, o esquema padrão inclui duas doses: a primeira entre 12 e 15 meses de idade e a segunda entre 4 e 6 anos. Se a criança não completou o calendário, o reforço pode ser dado a partir dos 12 meses.
Quando a cobertura vacinal cai, os surtos voltam com força. Nos últimos anos, regiões como o Amazonas e o Nordeste registraram picos de casos ligados a comunidades que recusam a vacina. A boa notícia é que a imunização é segura, com efeitos colaterais leves, como dor no braço ou febre baixa.
Se você perdeu a vacinação, não se preocupe: adultos que nunca foram vacinados ou que não têm certeza do histórico de imunização devem tomar duas doses, com intervalo de pelo menos quatro semanas. Isso garante proteção mesmo em idade avançada.
Além da vacina, algumas medidas simples ajudam a reduzir o risco: lavar as mãos com frequência, evitar aglomerações durante surtos e garantir ventilação adequada em ambientes fechados.
Em resumo, o sarampo pode ser evitado com vacinação e atenção aos primeiros sintomas. Fique de olho, mantenha a carteira de vacinação em dia e, se surgir dúvida, procure um profissional de saúde. Assim, você protege a sua família e ajuda a manter o vírus longe da comunidade.
Brasil Elimina Sarampo Novamente: Um Marco na Saúde Pública
por Juniar Priscila
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O Brasil eliminou novamente o sarampo, alcançando o reconhecimento da OPAS e da OMS. Após surtos entre 2018 e 2022, que resultaram em mortes e milhares de casos, o país intensificou seu Programa Nacional de Imunizações, melhorando a cobertura vacinal e vigilância epidemiológica. A certificação foi recebida pelo presidente Lula em 2024, destacando a vacinação como ferramenta de equidade.
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